É que você tem uma ex-namorada modelo e outra que só sabe rir de tudo. E eu sou quieta de mais ou, pior de tudo, inquieta com as mãos excessivamente compridas. É que você sempre convence as garotas rápido de mais e eu quero discutir pra depois calar e quando calo não me dou por vencida. É que sou irritante na minha ironia simplória que quer fazer graça e só consegue provocar. E um dia eu decidi que não ia mostrar pra ninguém que tinha medo e só quem sabe disso tudo são umas folhas riscadas e uns caras desocupados.
O problema é que me exponho de mais e já tentei ser menos mas sou sempre assim. E te estranho, te machuco, e quero deitar no teu peito e esquecer quem eu fui ou sou até o momento de desistir de estar contra todas as coisas inocentes nas quais eu vejo armas mortais. E eu paro de repente e te encaro séria porque você me intriga mais que todas as coisas que habitam a terra até ser um outro dia. De repente eu sei que tudo passa por mim e eu estou sentada observando e meus olhos são famintos mas meu corpo desajeitado. E eu quero tanto as coisas que quando as toco inevitavelmente alguém se machuca. Não entendo de delicadeza e desejo as belezas poentes. Não quero as coisas pra sempre, eu digo, mas repentinamente aparece alguém que me faz jurar que desistir não faz parte do meu plano pro outro dia. Viro a noite e o sol anuncia quem é a grande mentirosa. E eu digo tudo bem, tudo passa e na noite passada eu jurava ser outra pessoa. Meu problema é comigo e não estou mentindo, deposito confiança e carrego nas mãos a culpa de esperar e querer pra sempre de mais. É que vou ser quem reclama critica e suplica por atenção ou vou largar todas as histórias e ser eu. Quando eu descobrir o que isso quer dizer.
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