28/08/2011
Uma moça quieta num canto
Pode ser que por puro encanto
Entendeu quando me pus a chorar
Nos olhos dela havia
Por dentro da penumbra fria
Uma tristeza de tanto sonhar
Com silêncio de coisa compreensiva
Palavra feita de brisa
Me aconselhou não desistir sem tentar
Seguindo como cego de mãos erguidas
Tateando no escuro a saída
Lancei as redes por dentro do mar
Quando puxei imagine o espanto
Pois na margem ressoava o canto
Da mais bela sereia a cantar
A moça de olhos miúdos e pouca fala
Boca pequena e bochechas com sardas
Que temia a feiúra representar
Me disse com tamanha esperteza
Que o importante não é a beleza
E sim a arte de saber cantar
Decidi por fim, aceitar que certa estava
A moça que amar me mandava
Por no fundo também me amar
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Oi, grato pela visita e parabéns pelo teu blog, gostei deste poema! beijo!
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