27/05/2010

porções de farças;


Eram diálogos ásperos, carregados de ironias, que tinham felpas para todos os lados e jorravam palavras feitas para machucar, mas ela sabia que era necessário. Pra ele, talvez aquilo fosse só uma coisa normal, mas não pra ela. Ela olhava no fundo dos olhos dele, mas desconhecia aquele vazio. Logo ela, que o amava tanto. Que havia sofrido tanto, recordado tanto tais situações nas quais agora, ela só queria esquecer.
Não queria chorar na sua frente. Soltava sua fúria de forma despreocupada, mas sabia que alguém sairia machucado dali. E sabia claramente que seria ela. Pois ele, nem ligava mais. Não se importava mais com “indiretas”, diálogos inconclusivos. Sabia do que falava, e era de coisas que ele conhecia, pois ele sabia seus pontos fracos. Parecia um covarde. Logo ele, que ela confiara tanto.
Naquele momento, ela sabia de uma coisa: não voltaria atrás. E ela prometeu a si mesma, nunca mais deixar se iludir, e nunca mais deixar se apaixonar. Mal sabia ela que essa fora, entre tantas outras conclusões, a promessa mais mal sucedida da sua vida.

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