25/05/2011
Faminta
Teu ego gigante engolindo os castelinhos da cidade encantada onde todo mundo te ama, idolatram teus cabelos loiros boca carnuda olhos graúdos cheios de mar. Tua boca igual planta carnívora tentando encher as folhas taludas de néctar sanguíneo pra satisfazer a fome líquida que seca-lhe as sépalas, quando não satisfeita. Te molha os olhos. Umedece as mãos, nervosismo de não-principiante. Um dia enganaram-te ou você mesmo o fez, acreditou que podia engolir a rejeição de uma presa, logo depois de tantos te encherem de perfeições catalogadas. Caiu morta de folhas dobradas, tantas moscas mortas por dentro, tantos sonhos mortos no chão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A fome de atualmente, não pode ser saciada pelo simples desejo de amar, porem sim pela inconstancia de desejar e possuir muitos. Todos iguais no entanto muito diferentes e juntos nesta dança lúgubre, em que quem fica de fora talvez sejamos sómente nós.
ResponderExcluirO que nós resta são os sonhos...