A manifestação mais profunda de tristeza está presente em todos os momentos nos quais percebemos nossos enganos, percebemos o quanto deixamos que as pessoas façam que acreditemos que suas verdades são melhores que as nossas, o quanto permitimos que a tristeza faça parte de nossa vida mesmo quando não é essa nossa intenção e o quanto as pessoas nos magoam mesmo quando não querem fazer isso.
Às vezes, percebemos que fomos injustos ao subjugar alguém ou fazer com que essa pessoa pague pra sempre por cometer um erro, sendo que estamos sendo tão ou mais hipócritas do que elas, porque dizemos que todos têm o direito de errar, enquanto crucificamos os defeitos alheios.
Às vezes choramos pelo simples fato de descobrir que as coisas não são tão fáceis, que a vida não é tão simples, que as pessoas não são tão fáceis assim de avaliar. Percebemos o quanto nos contradizemos ao pensar que somos mais perfeitos que os outros por simplesmente exibirmos melhor nossas qualidades. Porém, mesmo que sem admitir, todos nós conhecemos nossos defeitos e, sinceramente, é melhor admiti-los do que continuar enganando à nós mesmos e aos outros.
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