Tuas mãos são nodosas e frias,
incandescentes e memoráveis
nas noites de meus dias
os teus olhos, duas brasas
apagadas antes do tempo,
com um único assopro do vento.
Minto, teus olhos são duas faíscas
por onde a alegria cruza
e esvai-se, nublando tua face
que torna-se oblíqua e ainda assim bonita
Teus dentes têm a alvura das estrelas
longes, inalcançáveis, puras
Distantes de minha mente incasta.
Teu corpo move-se entre os mortais
Tão distinto dos outros todos
Que é triste a alegria dos outros,
E encantadora tua tristeza.
No meu pensamento criam-se mil epifanias
Que emaranham-se em minha insônia
e preenchem minhas noites todas.
É que se eu pudesse, e só isso desejaria
te devolvia num único beijo
a alegria que alçou voo dos teus olhos
Como as borboletas que eram mais coloridas
Na tua infância quase esquecida.
E tudo isso soará tão romantico e antigo
que me calo no instante seguinte
arrependida do que quase digo.
"Me ofendo fácil, me apego mais fácil ainda." Me identifiquei total.
ResponderExcluirAdorei seus textos, parabéns.
Estou te seguindo por e-mail.
Beijos
Marília
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O verso calou na hora certa
ResponderExcluirpois tornou o poema prolixo
no seu calar
mas ainda disse muito
aliás disse quase tudo
e em versos mui belos
ainda bem que disse
Luiz Alfredo - poeta