09/02/2012

Sem pausa e sem dor


Só uma taça de vinho barato e um Bukowski amargo me tiram daqui. Não sou mais nenhuma guria triste almejando consolação preciso é de um ombro sem mão amiga pra cobrir sou um velho maltrapilho da tabacaria mais suja e discrepante sussurrando que-que-eu-faço questionando onde é que anda o amor. Quero correr atrás de nada pra no fim ter um vazio pra tocar na ponta dos dedos. Quero uma solidão de dias sóbrios sem ilusão nenhuma pra alimentar. Quero falar sem nexo coisas feitas pra não conquistar ninguém me esconder dessa hipocrisia de simpatia e agrados morar pra sempre na minha casa de papel e palavra nessa ilha sem mais ninguém sem fustigar inteligência nenhuma. Quero mais provar nada pra ninguém não preciso de apoio reconhecimento abraço de mãe tiro na boca. Fim de drama que aqui ninguém chora destila dor em cartas não mais usáveis. Como tudo nesse mundo minha dor também é descartável.

2 comentários:

  1. Oi, que lindo seu texto :)
    Achei seu blog no Skoob e vim dar uma olhadinha, já to seguindo o/

    Dá uma passadinha lá no meu blog depois:
    http://eraumavez-livros.blogspot.com/

    Beijinhos...

    ResponderExcluir
  2. Bem inteligente o método que você usou de colocar as frases sem vírgulas, umas atropelando as outras, exprimindo todo a sua raiva/revolta. Adorei! Seguindo aqui. Bjs

    ResponderExcluir