25/03/2011


Acontece que com o tempo a gente vai aprendendo que o certo é chorar sem lágrima, é gritar sem voz. Sabe, doer suportando, segurando, dando um nó cego naquele fio minúsculo de culpa que nasce da gente com a intenção de crescer e nos enforcar na nossa própria casa. E parar com esses esforços pra se encaixar, minha forma não dá certo em nenhum desses cubos, sempre vai faltar um pedaço, e, quando sobra, me pedem pra cortar sem dor, ignorar o sangue que sai sem cor. Mas, se eu parar de comprar causa pra brigar e princípio pra defender, se eu cansar e desistir de ver em tudo um inimigo armado pronto pra ataque, e se eu parar de me cansar e de me entediar com o que anima todo mundo, então eu repenso tudo o que eu tenho afirmado pra mim nesses últimos tempos como verdade absoluta, vendo no resto só mentira. Até lá, vou seguir acreditando na minha burrice, sendo cabeça dura, e vocês vão seguir me denominando sem ganhar ouvidos ou alguém pra se importar.

3 comentários:

  1. Muito profundo e muito lindo, amei o texto!
    Seu blog é lindo, grande beijo Danny.
    http://danytemumblog.blogspot.com/

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  2. Muito seguro. Escrever sobre o pessimismo é uma arte.
    Não há final feliz,nem muito menos final, há uma vida apresentada sem medo de julgamentos

    http://euseocotidiano.blogspot.com/

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  3. Júlia!!

    Gostei bastante do do que você escreve!!

    Parabéns!

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